Cerca de 25 pessoas acompanharam hoje, a cerimônia
de despedida do cão Lobo. Cremado ontem a noite no Eden Pet de Campinas, as
cinzas de Lobo foram enterradas e sobre elas foi plantado um jasmim que será
cultivado por todos que frequentam o abrigo. A Dra. Rafaela Rielli Penachi,
veterinária do CCZ de Piracicaba que deu o primeiro atendimento ao Lobo, foi
quem iniciou a cerimônia depositando a caixa com as cinzas no jardim.
A voluntária da Ong Silvia Turolla, cantou Canção
da América em homenagem ao Lobo, acompanhada pelos presentes. Um momento
emocionante da cerimônia foi o minuto de silêncio que foi preenchido pelo
uivo dos quase 390 cães moradores do abrigo. Cristina Gouveia fez a leitura de
um texto de Dalai Lama e no final, foi rezado um Pai Nosso.
A Ong homenageou numa das placas, pessoas
importantes que não foram citadas nas notícias, mas que tiveram um papel
fundamental no atendimento e início da recuperação do Guerreiro: Rafaela,
Vanessa, Ismael, Elisângela, Macarrão, Paulo, Vicente, Diva, Iolanda, Zeli,
Alessandra, Juliana e Linda.
Os profissionais da TV Beira Rio, a jornalista
Fernanda e o cinegrafista Fábio, que acompanharam todo a trajetória de Lobo,
estiveram presentes e registraram a cerimônia. Tudo aconteceu de maneira
simples e respeitosa como são as ações da Vira Lata. O momento agora é de
reflexão para que possamos fazer valer essa breve passagem de Lobo por nossas
vidas.
ENTENDA
Morreu na noite desta terça-feira (15) o rottweiler Lobo, que havia sido arrastado preso ao carro do dono por vários quarteirões, no último dia 2, em Piracicaba (160 km de São Paulo).
O cão, que teve uma das patas dianteiras amputadas logo após o caso, estava internado em uma clínica e sob os cuidados da ONG Vira-Lata Vira-Vida.
Em
nota divulgada em seu site, a ONG afirma que Lobo morreu por "complicações
no quadro clínico". A Vira-Lata Vira-Vida informou que pretende divulgar
mais detalhes sobre a causa da morte após a realização de uma necropsia nesta
quarta-feira.
ACIDENTE
Segundo
duas testemunhas ouvidas pelo delegado Wilson Sabino, o cachorro estava preso
por uma corda ao carro do dono, o mecânico Claudio César Messias, quando foi
arrastado. Avisado, Messias disse que iria "acabar de matar" o
animal, mas, após reação de moradores da região, deixou o local.
Em
depoimento, Messias negou que tivesse intenção de machucar Lobo. Ele afirmou
que tinha saído para passear com o animal na caçamba do carro e não viu quando
ele caiu. Ao ver o estado do cão, achou que ele estava morto, ficou nervoso e
foi embora.
"Ele
imaginou que o animal não ia sobreviver. Não posso afirmar se houve intenção,
mas de qualquer forma ele foi imprudente", disse o delegado na ocasião.
Segundo ele, em casos desse tipo não há indiciamento, apenas um encaminhamento
para que a Justiça decida o que deve ser feito.
MULTA
A
Polícia Ambiental de Piracicaba aplicou no último dia 9 uma multa de R$ 1.500 a
Cláudio Messias.
Segundo
o sargento da Polícia Ambiental Domingos Bertuolo, a autuação por mutilação de
animal doméstico teve como base um laudo veterinário. "Não avaliamos a
culpa dele. O que importa é que houve um resultado mutilador no animal, que
sempre deve ser evitado pelo proprietário", afirmou.
Depois de 14 dias em tratamento e dois dias após a sua morte, o rottweiler
que foi arrastado em Piracicaba (SP) pelo próprio dono poderá descansar em paz.
Na sexta-feira, Lobo foi liberado pela Justiça para ser cremado em Campinas.
Hoje a ONG Vira Lata Vira Vida realizou uma cerimônia para homenagear o animal
e as cinzas foram colocadas no jardim do abrigo.
Desde que saiu do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) de Piracicaba para dar
continuidade ao tratamento dos ferimentos, causados no dia 2 de novembro ao ser
arrastado por uma picape, o cão estava em uma clínica da cidade sob a
responsabilidade da ONG Vira Lata Vira Vida. No dia 15/11 o quadro de saúde do
Lobo piorou e na madruga do dia 16 acabou morrendo. O corpo do rottweiler foi
levado para Campinas, para realização de uma necropsia, na tentativa de
identificar a causa do óbito.
Como o dono bicho era o motorista que dirigia o veículo que arrastou o
rottweiler, ele está sendo acusado de maus-tratos e o seu advogado teria
entrado com um pedido na Justiça para ter a posse do animal e realizar novos
exames. Isso porque, até agora, não foram conclusivas algumas das análises
feitas em Campinas. A solicitação da defesa fez com que o corpo retornasse ao
CCZ, aguardando a decisão judicial, impossibilitando os responsáveis da ONG
realizar a cremação do cão.
Na tarde de ontem, a entidade comunicou em seu site que recebeu a
transferência do corpo do rottweiler, legalizada pela Procuradoria Jurídica do
Município, e que o procedimento seria realizado em Campinas, naquele mesmo dia,
às 20h, pela Eden Pet (www.edenpet.com.br).
Segundo Pedro Milani, um dos proprietários da empresa, que realizou a cremação
do animal gratuitamente para a ONG, todos os passos do procedimento foram
acompanhados de perto pelos representantes das entidades. “Os responsáveis do
CCZ de Piracicaba registraram todos os detalhes, do transporte até a entrega
das cinzas à presidente da ONG Vira Lata Vira Vida, que estava muito triste e
abalada.” As cinzas do Lobo foram colocadas em uma urna ecológica,
biodegradável, que pode ser enterrada.
Em nota publicada no portal da organização, os representantes da Vira Lata
Vira Vida convidaram todos que acompanharam a história do Lobo a comparecer a
homenagem realizada hoje, lembrando que, se ele estivesse vivo, “estaria se
recuperando no abrigo, ao lado dos funcionários, cuidadores, veterinária e
voluntários”. Segundo a presidente da ONG, as cinzas do Lobo voltaram a
Piracicaba e foram enterradas em um espaço do abrigo para que ele seja sempre
lembrado. “Um animal que mobilizou todo o país a pensar sobre a violência e a
necessidade de se rediscutir as leis e punições aos autores de maus-tratos.”
A última informação divulgada no site Vira Lata Vira Vida relata a
despedida:
“Cerca de 25 pessoas acompanharam hoje a cerimônia de despedida do cão Lobo,
cremado ontem à noite no Eden Pet de Campinas. As cinzas do Lobo foram
enterradas e sobre elas foi plantado um jasmim, que será cultivado por todos
que frequentam o abrigo.”
Estadão
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