O secretário Xico Graziano e seu Staff conduziram o debate.
Representantes de 23 entidades participaram do café
O profissionalismo do terceiro setor, a busca por incentivos e parcerias com os setores público e privado e a participação das entidades em alguns processos de licenciamento ambiental pautaram o 4º Café Ambiental, realizado em 02.02 na sede da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA.
Participaram do encontro representantes de 23 entidades atuantes na Região Metropolitana de São Paulo e nos municípios de Ubarana, Rio Claro, Itatiba, Cruzeiro, Espírito Santo do Pinhal, Cubatão e Campo Limpo Paulista, todas integrantes do CadEA.
O secretário do meio ambiente, Xico Graziano, conversou com os ambientalistas sobre os novos rumos da sociedade em relação à questão ambiental. “Existem picos atípicos de precipitação mesmo sem a ação humana, mas o processo de ocupação urbana tem avançado em áreas que não deveriam. Esses eventos são importantes para adquirirmos uma nova consciência”, alertou.
Como exemplo, o secretário citou o caso dos bairros cota: “Hoje, a resistência na desocupação na Serra do Mar é muito menor do que há 3 anos quando iniciamos esse processo”, afirmou.
A representante do Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente – IDELT, Vera Lúcia de Lucena Bussinger, propôs ao secretário que as entidades pertencentes ao CadEA possam acompanhar alguns processos de licenciamento ambiental. Vera argumentou ser importante que os ambientalistas possam acompanhar de perto a instalação de empreendimentos em suas regiões de atuação.
O presidente da MiraTerra participando do debate sobre o terceiro setor
O secretário ressaltou que no próximo dia 23.02 o Conselho Estadual do Meio Ambiente – Consema se reunirá para normatizar a eleição das entidades ambientalistas que participam do mesmo. “Há 15 anos são as mesmas entidades que compõem o Conselho. Somente as entidades integrantes do CadEA é que poderão se candidatar e a votação será entre vocês, mas de forma transparente”, declarou.
Atualmente, 155 entidades ambientalistas integram o CadEA.
Os ambientalistas solicitaram ao secretário avaliar possíveis incentivos às atividades desenvolvidas pelas organizações não-governamentais – ONGs, como já é feito em algumas ações na área cultural. Graziano salientou que o setor privado tem se mostrado parceiro das entidades representativas da sociedade, principalmente aquelas que atuam na área ambiental.
Marcos Fernandes Gaspar, representante da Organização Ambiental para Biodiversidade Miraterra, complementou a declaração do secretário: “É necessário que haja profissionalismo nas ONGs, é isso que as empresas buscam nas entidades. Temos que mostrar o retorno financeiro atingido com a mudança da imagem institucional”, afirmou.
Marcos Fernandes Gaspar fala sobre profissionalismo e captação de recursos
As entidades sugeriram meios de capacitação por meio da SMA. Graziano propôs que sejam promovidos pequenos encontros que possam esclarecer dúvidas relacionadas à legislação e outros temas que as próprias ONGs demandem.
Os ambientalistas apresentaram propostas de capacitação do terceiro setor
Além disso, o secretário convidou as entidades a conhecerem o Villa Ambiental, espaço do Projeto Ambiental Estratégico Criança Ecológica localizado no parque Villa-Lobos que aborda as agendas ambientais – azul (água), verde (fauna e flora), cinza (poluição) e amarela (boas práticas ambientais) – com crianças do 5º ano do Ensino Fundamental I.
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