DIA MUNDIAL DA ÁGUA - ENTREVISTA DO PRESIDENTE DA MIRATERRA PARA UM JORNAL LOCAL
JC- A MiraTerra tem acompanhado a situação dos rios da região, quais
as condições atuais dos rios que abastecem Rio Claro?
MFG - A MiraTerra tem sempre acompanhado a situação dos mananciais
da micro bacia do Corumbataí, até por conta de que seu principal programa é o de
recomposição das áreas de proteção permanente deste mananciais. Ainda este ano
pretendemos lançar um programa de monitoramento em parceria com a Secretaria de
Educação de Rio Claro envolvendo as crianças da rede pública. Para tanto
estamos em tratativa com o setor privado para o patrocino dos kits de análise
que serão usados pelos grupos. Mas o que podemos avaliar é que ainda tem muito
para ser feito e que rios que formam esta importante bacia sofrem com o constante
assoreamento devido à erosão causado justamente pela falta das matas ciliares.
Sem contar com a questão da contaminação destes mananciais com poluição de
diversos tipos. Com o advindo da parceria público privada com a Foz do Brasil
para o tratamento dos esgotos da cidade a situação já melhorou muito
principalmente com relação ao Ribeirão Claro, mas como falei tem muito ainda
para se conquistar.
JC- Há motivos para nos preocuparmos com este bem
natural?
MFG - Sim temos grandes e bons motivos para nos preocuparmos com
este bem finito natural como podemos ver no meu relato abaixo:
O globo terrestre visto do alto pelos astronautas parece
constituir-se quase totalmente de água. Entretanto, a maior parte da água que é
vista não pode ser consumida pelos seres humanos. Pois é salgada.
A água existente no nosso planeta, se considerada em conjunto, é imutável, enquanto a população humana cresce aceleradamente.
Essa quantidade de água, estimada em 1.360 quatrilhões de toneladas, está assim distribuída: 95,5% nos oceanos e mares (água salgada), 2,2% nas calotas polares e geleiras, 2,28% como água subterrânea, 0,01% nos lagos e pântanos e 0,01% na atmosfera e nos rios.
Como vemos, a água doce forma como a consumimos, é pouca e o seu consumo cresce mais rápido do que o aumento da população em face do seu uso crescente pelas indústrias e pela irrigação, sem contar com o desperdício. O consumo global está, atualmente, em torno de 4,5 trilhões de metros cúbicos por ano.
Enquanto o uso da água cresce em grandes proporções, seus mananciais continuam invariáveis em quantidade. O desequilíbrio entre a população mundial e as reservas de água doce avulta com o passar dos anos e já preocupa vários países, não somente os que seriam as primeiras vítimas, mas, sobretudo, aqueles que se julgam responsáveis pelos destinos da humanidade. A ciência e a indústria já se encontram mobilizada para combater o problema através de programas extensivos de combate ao desperdício, preservação da natureza e das fontes hídricas, dessalinização, transposições de vazões, reutilização das águas servidas e exploração do subsolo.
A água existente no nosso planeta, se considerada em conjunto, é imutável, enquanto a população humana cresce aceleradamente.
Essa quantidade de água, estimada em 1.360 quatrilhões de toneladas, está assim distribuída: 95,5% nos oceanos e mares (água salgada), 2,2% nas calotas polares e geleiras, 2,28% como água subterrânea, 0,01% nos lagos e pântanos e 0,01% na atmosfera e nos rios.
Como vemos, a água doce forma como a consumimos, é pouca e o seu consumo cresce mais rápido do que o aumento da população em face do seu uso crescente pelas indústrias e pela irrigação, sem contar com o desperdício. O consumo global está, atualmente, em torno de 4,5 trilhões de metros cúbicos por ano.
Enquanto o uso da água cresce em grandes proporções, seus mananciais continuam invariáveis em quantidade. O desequilíbrio entre a população mundial e as reservas de água doce avulta com o passar dos anos e já preocupa vários países, não somente os que seriam as primeiras vítimas, mas, sobretudo, aqueles que se julgam responsáveis pelos destinos da humanidade. A ciência e a indústria já se encontram mobilizada para combater o problema através de programas extensivos de combate ao desperdício, preservação da natureza e das fontes hídricas, dessalinização, transposições de vazões, reutilização das águas servidas e exploração do subsolo.
Mesmo levando-se em conta que a água é um bem renovável, ela
tem sido ameaçada pela poluição e pelo mau aproveitamento.
Quase 70% da água doce disponível são aplicadas na agricultura. Por causa de sistemas de irrigação ineficientes, principalmente nos países em desenvolvimento, 60% dessa água é perdida na evaporação ou retorna aos rios antes de ser usada.
Ainda em países em desenvolvimento, 50% da água potável é desperdiçada por causa de vazamentos e sistemas ilegais. Além disso, cerca de 90% do esgoto e 70% do lixo industrial são jogados nas águas sem tratamento adequado.
Enquanto isso, o uso aumentou um sexto no último século - mais que o dobro que o crescimento populacional. Durante a década de 90, em torno de 835 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento teve acesso à água potável, e cerca de 785 milhões a saneamento básico.
Segundo projeções da ONU, em 2025 dois terços da população mundial - ou 5,5 bilhões de pessoas - viverão em locais que sofrem com algum tipo de problema relacionado à água.
Hoje, cada vez mais regiões do planeta, em especial o norte
da África e o sudoeste da Ásia, passam por longos períodos de seca. Em países
como Estados Unidos, China e Índia, em que o consumo é mais rápido que o
reabastecimento, as bacias hidrográficas têm perdido grandes volumes d'água.
Rios como o Colorado, nos EUA, e o Amarelo, na China, chegam a secar antes de
alcançarem o mar.
Mais de 2,2 milhões de pessoas morrem a cada ano vítimas de doenças associadas à falta de água ou más condições sanitárias. A cada dia, 6.000 crianças morrem por causa de enfermidades que poderiam ser evitadas com a melhoria do saneamento e da qualidade de água.
Calcula-se que o custo para se oferecer tais condições básicas à população de países em desenvolvimento seria de US$ 20 bilhões por ano - hoje, se gasta em torno de US$ 10 bilhões.
Mais de 2,2 milhões de pessoas morrem a cada ano vítimas de doenças associadas à falta de água ou más condições sanitárias. A cada dia, 6.000 crianças morrem por causa de enfermidades que poderiam ser evitadas com a melhoria do saneamento e da qualidade de água.
Calcula-se que o custo para se oferecer tais condições básicas à população de países em desenvolvimento seria de US$ 20 bilhões por ano - hoje, se gasta em torno de US$ 10 bilhões.
Mais de um sexto da população mundial - 18%, o que corresponde a 1,1 bilhão de
pessoas, não tem acesso a fornecimento de água. A situação piora quando se fala
em saneamento básico, que não faz parte da realidade de 39% da humanidade, ou
2,4 bilhões de pessoas.
Até 2050, quando 9,3 bilhões de pessoas devem habitar a Terra, entre 2 bilhões e 7 bilhões de pessoas não terão acesso à água de qualidade - seja em casa, seja em comunidade. A diferença entre esses extremos depende das medidas adotadas pelos governos.
Até 2050, quando 9,3 bilhões de pessoas devem habitar a Terra, entre 2 bilhões e 7 bilhões de pessoas não terão acesso à água de qualidade - seja em casa, seja em comunidade. A diferença entre esses extremos depende das medidas adotadas pelos governos.
Saneamento
Doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e afetam especialmente países em desenvolvimento.
Mais de 2,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de água contaminada e à falta de saneamento. As crianças com até cinco anos são as mais afetadas.
Doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e afetam especialmente países em desenvolvimento.
Mais de 2,2 milhões de pessoas morrem anualmente devido ao consumo de água contaminada e à falta de saneamento. As crianças com até cinco anos são as mais afetadas.
JC- Como podemos auxiliar para preservar este bem natural?
MFG - Muitas pessoas acham que a preservação deve partir do
governo ou das empresas e indústrias, que são os maiores poluidores. Mas nós,
pessoas comuns, também podemos ajudar. Se cada um fizer a sua parte, além de
ficar com a consciência tranquila, estará contribuindo e muito para a
preservação. E não é nada complicado, atitudes muito simples a ao alcance de
todos podem (e devem!) ser tomadas:
- · Ao escovar os dentes, fazer a barba, lavar vasilhas e roupas, só abrir a torneira quando necessário. Deixá-la aberta durante todo o processo desperdiça mais de 100L de água.
- · Evite banhos demorados. E só abra o chuveiro após ter tirado toda a roupa.
- · Utilize sabão e detergente biodegradáveis, que não poluem os rios.
- · Jamais jogue o óleo utilizado nas pias! Coloque-o em garrafa plástica bem tampada e jogue-os no lixo. Se souber de algum ponto de coleta na sua cidade, melhor ainda. Um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água – o suficiente para uma pessoa usar durante 14 anos.
- · Ao lavar o carro, utilize balde ao invés da mangueira; use vassoura ao invés da mangueira para limpar a calçada.
- · Não jogue lixo em rios e lagos
O Brasil é um país privilegiado. Mais de 11% de toda a água
doce do Planeta está aqui. Nós também temos o maior rio do mundo – o Amazonas –
e o maior reservatório de água subterrânea do mundo – o Sistema Aquífero
Guarani. Por isso, devemos dar o bom exemplo. Como vimos, podemos contribuir
muito para o bom funcionamento do Planeta, de maneira simples e eficaz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Para nos ajudar adote uma arvore! Doe R$ 12,00 e uma muda será plantada em nossas areas de reflorestamento. Quanto mais voce doar mais arvores serao plantadas! Envie aos seus amigos! Nos ajude a cumprir nossa missão! O planeta agradece! Ag. Banco do Brasil n. 0172-4 C/C nº46.330-2 Rio Claro /SP