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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rio+20 tem desafio de definir objetivos do desenvolvimento sustentável na área alimentar, energética e hídrica

Após 20 anos da Rio92, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começou nesta quarta-feira, dia 13 de Junho, no Rio de Janeiro com o desafio de discutir as lições aprendidas há duas décadas e as tarefas que vão orientar as negociações para se chegar a uma declaração em prol do desenvolvimento sustentável, com aplicações concretas.
Segundo disse a IPS, o coordenador da Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF, Claudio Maretti, em uma das primeiras atividades da Conferência, a grande expectativa é que a Rio+20 saia com os objetivos do desenvolvimento sustentável. “A grande esperança é que a gente tenha, pelo menos, os objetivos da segurança alimentar baseada numa agricultura sustentável, segurança hídrica e energética”, afirmou.
A governança dos oceanos, o melhor planejamento e gestão das cidades para menor consumo também são pontos que devem ser incluídos na lista de metas. “É fundamental diminuir a exploração de recursos naturais. Segurança alimentar é, por exemplo, garantir a produção de alimentos sem devastar o meio ambiente e manter o equilíbrio climático”, explicou Maretti.
A maior parte da população mundial de 7 bilhões de pessoas está concentrada nos centros urbanos. Os hábitos de consumo demandam um planeta e meio, se o consumismo continuar neste ritmo, em 2020, serão necessários dois planetas para dar conta da população de apenas um. “A gente está entrando numa dívida, isso não é sustentável”, admitiu Maretti.
Como uma das primeiras atividades da Conferência, a Rede WWF lançou a publicação trilíngue – inglês, português e espanhol – do documento “Rio 92, para onde foi? Rio+20 para onde vai?”.
A Conferência de 92, para o cientista político Eduardo Viola, foi um momento de grande expectativa e uma cúpula marcante na humanidade, pois se tratava pela primeira vez de discutir os problemas globais. “Criou-se uma consciência dos problemas ambientais e definiram-se parâmetros normativos sobre como a humanidade poderia reagir. Os problemas da humanidade estão muito mais agravados e esta atual Conferência não tem como avançar além de declarações genéricas de boas intenções”, discutiu Viola.
Segundo o intelectual, “muito provavelmente” em termos intergovernamentais, a Rio+20 será um fracasso. Uma vez que as superpotências ambientais e econômicas não demonstram empenho. A União Europeia está imersa em sua crise econômica que ameaça a sua própria existência, enquanto um terço da população norte-americana é “radicalmente contra” mudança dos padrões e a China continua com emissões explosivas. Em 1992, o dragão oriental emitia 8% das emissões globais da carbono, atualmente a China representa 26% da fatia de emissões planetárias.
Já o embaixador Flavio Perri que, em 1992, foi secretário executivo do grupo de trabalho brasileiro, que organizou a conferência, defende um novo indicador para registrar o custo ambiental, uma espécie de PIB ambiental. “Um índice novo que nos dê transparência no processo produtivo, que envolvesse o PIB (Produto Interno Bruto), o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e um índice de desgaste ambiental”, afirmou. (IPS/TerraViva)
Amazônia prestes a viver colapso ecológico
A publicação trilíngue “Rio 92, para onde foi? Rio+20 para onde vai?” deu ênfase nas soluções para o futuro da Amazônia que corre sérios riscos de sofrer um colapso ecológico. Se mantida a tendência atual de desmatamento e incêndios florestais, a Amazônia terá cerca de um terço a menos de vegetação em 2030. Esse quadro pode ser ainda mais aprofundado em 50 anos, quando o maior bioma do planeta chegará em 2080 com menos de 10% da floresta original, segundo projeções da Perspectiva Mundial sobre Diversidade Biológica.
“O grande alerta da Amazônia está associado à utilização das riquezas de forma sustentável para evitar que entre em colapso”, disse Claudio Maretti. O coordenador da Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF afirma que a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) tem a missão de sair da Rio+20 com a definição de metas para o desenvolvimento sustentável para a Amazônia, como por exemplo, o desmatamento zero para 2020.
“Para 2020, desmatamento zero, para que a Amazônia possa continuar a ser um provedor de serviços para a humanidade. Ainda dá tempo”, destacou. A Amazônia possui a maior floresta tropical úmida, representa 6% da superfície terrestre e ocupa 40% do território da América Latina e Caribe. Lá vivem 38,7 milhões de habitantes, além de 40 povos indígenas que falam quase 90 línguas diferentes. (IPS/TerraViva)

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