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terça-feira, 2 de junho de 2009

Gigante da indústria da carne pratica atividades ilegais na Amazônia

Gigante da indústria da carne pratica atividades ilegais na Amazônia
Fonte: Amazonia.org.br Link: http://www.amazonia.org.br/

O Frigorífico Bertin, maior exportador de carne e um dos maiores grupos do setor no mundo, está envolvido em uma série de escândalos relacionados às atividades na região Amazônica, financiadas pelo IFC (sigla em inglês para Corporação Financeira Internacional) – braço financeiro do Banco Mundial.


De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o frigorífico teria negociado com autoridades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para evitar pagar multas por não respeitar leis ambientais e adquirir gado apreendido por um preço abaixo do mercado.

Bertin, que em 2007 recebeu R$ 90 milhões do IFC para desenvolver atividades da pecuária na Amazônia, foi multado três vezes pelo órgão nos últimos nove meses devido a irregularidades ambientais em seus frigoríficos localizados no Pará. No entanto, as multas que totalizam o valor de R$ 3, 4 milhões, não foram pagas.


De acordo com Luciano Evaristo, diretor de Proteção Ambiental do instituto, as multas foram “esquecidas” pelos agentes locais do Ibama. Já a funcionária do órgão, Cleonice Aires Pereira, negou a afirmação de Evaristo, dizendo que a o “esquecimento das multas” foi uma decisão deliberada pelo Ibama.

O jornal descobriu ainda que, alguns dias depois de ser multado, o frigorífico comprou do instituto 3.046 cabeças de gado, que tinham sido apreendidas pelo Ibama. Bertin teria pago cerca de um quarto do preço de mercado, R$ 1,2 milhões.

De acordo com funcionários do Ibama, o órgão teria deixado de cobrar as multas para vender, ilegalmente, o gado apreendido.Segundo o deputado federal, Luciano Pizzatto (DEM), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, teria sido avisado pelo parlamentar sobre a negociação ilegal entre Bertin e o Ibama que, após o vazamento da informação, registrou, no final de abril de 2008, as multas oficialmente.

A execução do registro no sistema do órgão foi feita em agosto de 2008. FinanciamentoAs atividades do frigorífico começaram a se expandir na região amazônica em 2006. Atualmente, ela opera no Pará, Rondônia e Mato Grosso. Inicialmente, sua expansão foi financiada por um empréstimo controverso do IFC.

No último ano, Bertin recebeu um financiamento de US$ 1,7 bi, equivalente a R$ 3,3 bilhões. De acordo com um documento feito organizações não governamentais ao Banco Mundial, em março de 2007, o empréstimo do IFC foi aprovado sem respeitar os procedimentos internos no banco – omitindo a maior parte dos estudos ambientais e dando informação incompleta e enganosa ao conselho.

Segundo um estudo do Greenpeace que será lançado na segunda-feira (1), grande parte do gado do frigorífico é ilegal. A empresa, segundo o relatório, também está envolvida com o trabalho escravo.
A Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes - em resposta ao estudo A Hora da Conta, feito pela organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, reconheceu que seria impossível para qualquer grande frigorífico operar legalmente na Amazônia.

Segundo o diretor da organização, Roberto Smeraldi, esta situação “é uma consequência óbvia da deliberada falta de uma efetiva diligência por parte de instituições financeiras brasileiras e internacionais que subsidiam atividades não rentáveis se conduzidas na legalidade”.

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