MiraTerra coordena campanha!

Reciclagem mobiliza entidades de Rio Claro

A Acirc promoveu e sediou reunião com representantes do Sesi, Senac, Senai e MiraTerra A implantação em Rio Claro de um amplo programa para coleta e reciclagem de pilhas, baterias e lâmpadas mobiliza as entidades mais representativas dos setores produtivos do município, na formatação de um projeto a ser encaminhado ao poder público e que tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância de se dar uma destinação correta a esses materiais, evitando prejuízos ao meio ambiente e à saúde pública.

As primeiras ações para colocar em prática esse compromisso sócio-ambiental já estão acontecendo. Durante a semana, a Acirc - Associação Comercial e Industrial de Rio Claro promoveu e sediou uma reunião com representantes do Senac, Senai, Sesi e Ciesp para discutir medidas preliminares visando a viabilidade técnica, legal e financeira do projeto, que será desenvolvido a partir de parceria com a Organização Sócio Ambiental MiraTerra (OMT).
Da reunião participaram: Clóvis Delboni e Valderes Zanelo (Acirc), Marcos Fernandes (MiraTerra), Maria Cristina Degli Esposti (Senac), Luis Gonzaga Renosto (Sesi), Ana Carolina Nascimento e Ronaldo Secco (Senai).

Ao final do encontro, que aconteceu na quarta-feira (15), ficou definido a criação de uma comissão permanente para projetos ambientais que envolvam a indústria, o comércio, suas entidades de ensino, o poder público e a MiraTerra. Já no dia seguinte, uma nova reunião foi realizada no Senac com integrantes da Rede Social e com o secretário municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema), Milton Machado Luz.

Nos próximos dias será feita uma avaliação dessas primeiras iniciativas. Posteriormente, os estabelecimentos do comércio, indústria e serviços que já fazem este tipo de coleta de forma voluntária e pontual serão convidados a se integrar ao trabalho, para que através de suas experiências possam contribuir para a formatação de um projeto mais homogêneo e com mais visibilidade para a população.

Segundo Marcos Fernandes, diretor presidente da Organização Miraterra, algumas entidades financeiras como Santander, Banco do Brasil e Bradesco já se mostraram interessadas em participar após analise de um projeto mais detalhado. Ele enfatiza que a mobilização das entidades atende a uma solicitação do próprio governo municipal, apresentada através da vereadora Maria do Carmo Guilherme.

Porque reciclar

A cada ano no país são produzidas cerca de 800 milhões de pilhas secas (zinco-carbono) e alcalinas. A MiraTerra observa que reciclar pilhas e baterias esgotadas ainda não é uma prática na sociedade. Além disso, descartá-las de forma incorreta é extremamente perigoso. Os metais pesados existentes em seu interior não se degradam e são extremamente nocivos à saúde e ao meio ambiente.

Uma pilha comum contém, geralmente, três metais pesados: zinco, chumbo e manganês, além de substâncias perigosas como o cádmio, o cloreto de amônia e o negro de acetileno. A pilha alcalina contém também o mercúrio, uma das substâncias mais tóxicas que se conhece.
Por isso, pilhas e baterias representam hoje um sério problema ambiental. De acordo com dados da Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica são produzidas a cada ano no país cerca de 800 milhões de pilhas secas (zinco-carbono) e alcalinas.

Riscos

Na natureza, uma pilha pode levar séculos para se decompor. Os metais pesados, porém, nunca se degradam. Em contato com a umidade, água, calor ou outras substâncias químicas, os componentes tóxicos vazam e contaminam tudo por onde passam: solo, água, plantas e animais.

Com as chuvas, penetram no solo e chegam às águas subterrâneas, atingindo córregos e riachos.

A água contaminada acaba atingindo a cadeia alimentar humana por meio da irrigação agrícola ou do consumo direto.

Os metais pesados possuem alto poder de disseminação e uma capacidade surpreendente de acumular-se no corpo humano e em todos os organismos vivos, os quais são incapazes de metabolizá-los ou eliminá-los, o que traz sérios danos à saúde.