Com o rompimento de barragens da Samarco em Mariana (MG), o
temor de ambientalistas é que rejeitos de minério, ao chegarem à região,
arrasem um dos mais importantes ecossistemas do Brasil: os recifes de corais de
Abrolhos.
Golfinhos e tartarugas ameaçadas que vivem e se reproduzem
apenas ali correm sério risco. O esforço agora é para reduzir possíveis
impactos dos rejeitos nas mais de 500 espécies na área, entrada para o banco de
Abrolhos.
Os recifes de corais — considerados “Amazônia oceânica” —
estão bem mais próximos e o arquipélago está a somente 198 quilômetros do
estuário. Não é possível dizer a que distância os resíduos serão levados, o que
dependerá da posição de mar e vento.
Porém, como podemos ver nos infográficos que busquei, no
Atlas Eólico do Espírito Santo a partir do Delta do Rio Doce em Linhares onde o
mar de lama encontrou as águas do Atlântico a predominância da direção dos
ventos é NNE, ou seja em direção a Abrolhos.
Se o padrão de impacto se mantiver, será um arraso na fauna e na flora. Essa é uma das regiões com maior biodiversidade marinha do Brasil. É o começo do banco de Abrolhos, onde há ressurgências, com águas frias e ricas em nutrientes, com taxas de produtividade altíssimas.
Porém em contrapartida as correntes marítimas jogam para
baixo o fluxo e pode ser um fator retardador da chegada da lama em Abrolhos.
Fator que temos que torcer para ser fundamental para a preservação desse bioma.
Próximo à foz, convivem jubartes, dourados, meros, raias
mantas. É ali o limite Norte no Brasil das toninhas, golfinho mais ameaçado do
país. A região — considerada pelo governo federal área prioritária de
conservação como demonstrado no Atlas da Zona Costeira do Brasil
O local é ainda o único ponto no Atlântico Sul ocidental com
concentração de desovas de tartaruga-de-couro, espécie mais ameaçada de
extinção no Brasil; e 2º maior ponto de concentração de desova de tartaruga
cabeçuda, assistidas por uma importante unidade do Tamar em Regência.
Os répteis foram os primeiros alvos da força-tarefa de
ambientalistas. No fim da semana passada, duas dúzias de ninhos foram deslocados
de lugar. Na segunda, retroescavadeiras começaram a tentar reabrir a passagem
do rio para o mar, bloqueadas por uma faixa de areia desde junho, quando o
Doce, devido à seca, não mais teve força para desaguar no mar. O temor é que,
com a passagem fechada, a lama fique retida no estuário, zona de reprodução de
espécies e cuja capacidade de absorção é muito menor que a do oceano. Há
técnicos mobilizados para, caso seja preciso, transferir peixes do estuário
para tanques em duas lagoas próximas.
A quantidade de partículas em suspensão está asfixiando os a
apenas um quilômetro da foz.
Monitoramento na água feito pela prefeitura de Governador
Valadares (MG) indicou turbidez 80 mil vezes acima do tolerável na última
terça. A quantidade de ferro encontrada em amostras foi 13,6 mil vezes acima
desse limite, e a de alumínio, 6.500 vezes. Há previsões pessimistas também
sobre a duração dos danos.
MENOS DE 200 KM PARA
UMA DAS MAIORES TRAGÉDIAS AMBIENTAIS DO PLANETA
Qualquer coisa que sair dali (da foz) pode atingir os
recifes de corais de Abrolhos. Se a lama chegar a eles e impedi-los de
respirar, serão milhares de anos de recuperação.
Tragédia que no seu final de curso o homem já não tem o que
fazer a não ser esperar que o Oceano com seu próprio poder de se recuperar e
depurar problemas como esse atue com toda a força da natureza, e a nós só nos
resta rezar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Para nos ajudar adote uma arvore! Doe R$ 12,00 e uma muda será plantada em nossas areas de reflorestamento. Quanto mais voce doar mais arvores serao plantadas! Envie aos seus amigos! Nos ajude a cumprir nossa missão! O planeta agradece! Ag. Banco do Brasil n. 0172-4 C/C nº46.330-2 Rio Claro /SP