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sábado, 20 de junho de 2009

Brasil não apoiará qualquer liberação de caça na 61ª Reunião da CIB



No dia 15 de maio a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) lançou uma campanha mundial solicitando ao público que participasse de uma ação online pelas baleias, que teve apoio imediato e multiplicada a ação pela Organização Sócio Ambiental para Biodiversidade Miraterra – OMT .

Afinal, na reunião anual da Comissão Internacional da Baleia (CIB), que acontece na semana que vem em Portugal, os países-membros podem vir a aprovar a caça costeira, desrespeitando a proibição mundial.

Em resposta à campanha, cerca de 6.000 pessoas enviaram uma carta-padrão para o Comissário do Brasil à CIB, Sr. José Truda Palazzo, solicitando que nosso país não apóie qualquer liberação de caça de baleias nessa reunião.

O Comissário não só reiterou a posição pró-baleias do Brasil, como também fez questão de responder a todos que lhe escreveram.

Veja abaixo a resposta do Comissário do Brasil à CIB aos milhares de participantes da campanha da WSPA que contou com o apoio da Organização Sócio Ambiental para Biodiversidade Miraterra – OMT, que alem de enviar sua mensagem ao responsável no Brasil pelo assunto, disponibilizou e divulgou em seu blog apoiando a iniciativa de sua parceira a WSPA, para que todos os internautas que visitassem o blog da Miraterra pudessem ter sua parcela de contribuição.

Prezados apoiadores da WSPA Brasil:


Muito obrigado por suas mensagens com relação à Comissão Internacional da Baleia e às negociações em curso naquela organização com relação à caça de baleias. Acho fundamental que os brasileiros acompanhem de perto o tema, pois ao contrário do que se pensa, as baleias ainda não estão a salvo da matança, e mesmo em nosso país, com toda a política de Estado que construímos para consolidar a posição pró-conservação do Brasil desde o fim da caça de baleias em nossas águas em 1985, por incrível que pareça ainda há gente trabalhando para que esses avanços sejam revertidos.

Gostaria de lhe assegurar que, de maneira inequívoca, a posição do Brasil na CIB é pela manutenção da moratória global da caça comercial de baleias e em defesa dos usos não-letais dos cetáceos, tais como pesquisa científica não-letal e turismo de observação, desde que adequadamente regulados.

Nesse sentido, nossa delegação vem trabalhando ao longo dos anos para não apenas bloquear as tentativas de retomar a matança das baleias em larga escala, mas também promovendo uma reforma estrutural da própria CIB para atender às necessidades contemporâneas de conservação dos cetáceos.

É assim que o Brasil propôs e segue lutando pela criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, não apenas para manter a caça proibida na região mas como ferramenta de cooperação em pesquisa e usos não-letais; apoiou a criação e participa ativamente das atividades do Comitê de Conservação, que trata de temas fundamentais para a conservação das baleias além da proibição da caça; vem lutando firmemente por reformas no Comitê Científico da organização, para que o mesmo deixe de priorizar apenas os temas de caça e passe a tratar das necessidades de pesquisa para a conservação das baleias e do ambiente marinho; e, mais recentemente, vem trabalhando no apoio à coordenação dos países latino-americanos para atuar em conjunto na CIB com vistas a defender essas ações e políticas pró-conservação.

O Brasil também apóia as ações da CIB visando expor publicamente e discutir os temas de bem-estar animal relacionados à caça de baleias, tendo sistematicamente apoiado a realização de workshops, seminários e discussões formais que, se bem não resolvem o problema da inominável crueldade da atividade baleeira, ao menos a tornam evidente para escrutínio público.

Atualmente, a Comissão vem empreendendo um esforço de negociação com vistas a superar o que se percebe como um impasse político com os países baleeiros restantes (Japão, Noruega e Islândia) que se recusam a aceitar a moratória de caça e usam de distintos subterfúgios para seguir matando esses animais.

O caso mais preocupante é o do Japão, que sob o pretexto da caça “científica”, infelizmente permitida pelo anacrônico texto da Convenção baleeira de 1946, segue matando baleias em águas internacionais, inclusive no Hemisfério Sul.

A participação do Brasil nessas negociações tem por base sua posição pró-conservação e nosso objetivo principal é assegurar que qualquer possível acordo tenha como resultados fundamentais a redução imediata e drástica do número de baleias caçadas, o fim da caça “científica” e um Hemisfério Sul (onde está a maioria das populações ainda significativas de grandes baleias) livre da matança de baleias.

Se lograrmos esses objetivos, estaremos a um passo de transformar a caça à baleia em algo do passado. Nesse contexto, não estamos dispostos a considerar qualquer concessão que legalize uma eventual caça costeira japonesa, em particular se isso não representar, entre outras coisas e independente de diversos outros condicionantes que precisariam ser acordados, uma drástica e permanente redução no número de baleias caçadas globalmente.

Posso lhes assegurar categoricamente que o Brasil NÃO apoiará qualquer liberação de caça, seja costeira ou de qualquer outra natureza, na 61ª Reunião da CIB.

Suas preocupações com a posição brasileira são muito bem-vindas e espero que possamos estar à altura de seu interesse em que o Brasil esteja bem representado na CIB.

Como Alternate Commissioner do Brasil perante a CIB, me cabe cumprir as instruções oficiais que são claramente no sentido de manutenção de nossa posição pró-conservação, e estou permanentemente à sua disposição para prestar, a qualquer tempo, maiores esclarecimentos sobre a posição brasileira e os desdobramentos das discussões na CIB. Fiquem à vontade para me contatar e oferecer suas críticas, comentários e sugestões.
Atenciosamente,
José Truda Palazzo Jr.
"Nós da Organização Miraterra, nos sentimos orgulhosos te poder ter participado nesta ação. E principalmente que pelo menos numa primeira etapa tenhamos alcançado o sucesso. Esperamos que o resultado do encontro seja o esperado por milhões de pessoas no planeta" - completa Marcos Fernandes, Presidente da OMT.

Um comentário:

  1. Olá,

    sou responsável pelo controle de mídia da WSPA Brasil - World Society for the Protection of Animals - e gostaria de saber se vocês teriam como nos fornecer a média de visitantes do blog por dia ou por mês. Essa informação seria incluída no controle que fazemos através do clipping para saber em que mídias foram publicadas matérias sobre a WSPA.



    Agradeço desde já a sua atenção.


    Atenciosamente.

    Gisele Ramado
    Comunicação Interna
    Sociedade Mundial de Proteção Animal - WSPA

    www.wspabrasil.org

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